Ainda neste mês, o prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom (PSDB), deve anunciar a reforma do secretariado. Mesmo que o chefe do Executivo municipal trate o tema apenas com o chamado núcleo-duro do governo tucano, a coluna apurou que, passado o feriado de Carnaval, o político deve anunciar os termos da troca de peças que ele fará. Com isso, são projetadas, ao menos, a criação de três novas secretarias de município.
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Atualmente, a prefeitura conta, ao todo, com 13 secretarias mais três órgãos com igual peso (Procuradoria Jurídica, Controladoria e Casa Civil). Conforme apurado pela reportagem, o novo organograma prevê mais três pastas. São elas: Comunicação (que hoje tem status de superintendência); Desburocratização e, ainda, de Inovação.
Gargalo da administração tucana, a burocracia, foi colocada como o principal entrave a ser resolvido neste segundo mandato de Pozzobom. Ou seja, a ideia é dar agilidade aos processos internos e externos, bem como dar maior celeridade ao próprio Poupa Tempo. Já a pasta voltada à Inovação teria uma área ainda voltada à TI (tecnologia da informação).
Essa demanda, aliás, é uma questão que sempre foi tratada por Rodrigo Decimo, mesmo antes de ele assumir a função pública como vice-prefeito. Porém, a nova função não deve recair nas mãos de Decimo, que deve se inteirar dos processos do andamento.
Mesmo que o governo diga que a prioridade não é tanto a troca de nomes. A coluna apurou que, ao menos, em duas pastas, há uma propensão de o governo promover trocas dos titulares. Isso, se vier a ocorrer, teria como endereço as secretarias de Finanças e também de Gestão e Modernização Administrativa.
A VER ALI ADIANTE
O que será feito com o Instituto do Planejamento (Iplan) é, contudo, uma situação que intriga o núcleo mais estratégico do governo. Sobre isso, a coluna ouviu que há dúvidas quanto ao papel da autarquia - que nasceu no governo Valdeci (PT) sob outra nomenclatura. À época, levava o nome de Escritório da Cidade e tinha como objetivo de ser uma espécie de GPS do governo municipal. Porém, os relatos dão conta de "um distanciamento do Iplan dos próprios rumos do governo". Além disso, a autarquia padece, de longa data, de um quadro próprio de servidores.
PROTAGONISMO
Também em compasso de espera segue a manutenção da Casa Civil, que foi a antessala do governo durante o primeiro mandato de Pozzobom. Restam dúvidas, entretanto, se ficará na chefia da pasta, o advogado Guilherme Cortez, que tinha amplos poderes na função.
Quem deve ter um protagonismo maior, neste segundo mandato, é o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ewerton Falk. Outro nome que sai ainda mais fortalecido, para esses quatro anos, é o da também advogada e professora universitária, Carolina Lisowski, que hoje ocupa a Controladoria do município.
A função dela é considerada estratégica, uma vez que a "imagem" da prefeitura frente a órgãos reguladores (internos e externos) passam pela atuação dela, além do aconselhamento técnico que ela dá ao prefeito, o que ficou ainda mais evidente durante a "safra" dos decretos de regulação das atividades na cidade.
MANTIDOS
Entre algumas indefinições, há espaço ainda para consenso. Desta forma, os titulares das secretarias de Saúde (Guilherme Ribas), Educação (Lucia Madruga) e Cultura (Rose Carneiro) serão mantidos. Todos os demais serão revistos quanto à permanência ou, eventualmente, alguma troca de função.
Alguns outros nomes, entretanto, devem sofrer um processo de desidratação. Isso quer dizer que alguns até podem seguir no governo, mas perderão a importância e, por tabela, o poder de decisão.
REFORÇO
A Secretaria de Infraestrutura e Serviços que é comandada por Wagner da Rosa deve "ser reforçada" e "equipada com pessoal". Ou seja, mais engenheiros e servidores técnicos devem agregar a pasta.